Nota da autora.. (achei chique isso)

O marcador Diary se trata de uma história que será contada por post's, cada postagem será numerada para facilitar a leitura na ordem correta. Por enquanto estamos no capítulo 1 (o primeiro número se refere ao capítulo), o segundo número é o número da ordem da postagem, Ex: 1.1 .... 1.2 etc..
Os demais marcadores não terão, exatamente, relação com a enredo de Diary, mas lembre-se, quem irá escreve-los é a mesma persona principal desta história.
Beijinhos!!




sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

1.2 - De ontem...


Hoje eu não tive uma boa noite de sono, é a segunda vez que sonho com ele, deve ter sido por causa da noite passada quando o vi.
Eu estava sentada no bar sozinha tomando meu terceiro drink quando ele entrou pela porta, o encarei por um longo momento antes de voltar para a realidade, até parecia que o tempo estava em câmera lenta, me senti em um drama coreano bem naqueles momentos clichês que todo mundo ama.
O cabelo dele estava desarrumado, do tipo quando a pessoa corre no meio da chuva para pegar o ônibus, seu peito estava arfante, por um instante imaginei os botões daquela camisa preta se desprendendo o deixando exposto.

Talvez já estava na hora de eu parar de beber.

Talvez eu devesse continuar e quem sabe, arranjar coragem para chegar nele, foi então que eu lembrei que era covarde demais para fazer isso, mesmo estando bêbada.

Como sempre ele nem sequer me reparou, olhou para o balção do bar sorridente, ele conhecia o garçom de lá, pelo que pude observar eram amigos a muito tempo. O observei tomar uma caneca de chopp em dois goles e me perguntei porque será que ele estava tão sedento.

Ele despertava esses questionamentos dentro de mim, coisas irracionais, sem sentido.

E eu me alimentava dessa expectativa como um vampiro, a abstração da vida alheia me distraia.

Fui embora logo depois e para meu azar esbarrei com um dos amigos dele na entrada, tal situação terminou  comigo pedindo desculpas por ter derramado o vinho em sua blusa e ele me encarando com curiosidade do outro lado do bar enquanto observava a cena.

Saí apressada com o rosto em fogo, seu amigo não ficou bravo, apenas me acenou com a cabeça no clássico modo asiático. Corri em direção ao metrô antes que minhas pernas bambas pela a bebida travassem de vez e eu perdesse o rumo de casa.

Eu realmente queria que ele me notasse, porém odiava o fato de o querer tanto.

Encarei minhas mão observando as marcas em cada uma delas rente ao pulso, já fui julgada tantas vezes por te-las, alguns me encaram com um misto de dó, outros de desprezo e pela minha família, desapontamento.. mas ninguém sabe.. ninguém nunca vai saber o que é se apaixonar pelo próprio diabo...

4 comentários:

  1. Respostas
    1. Que bom que gostou!! Tem sim, é uma história, a cada semana terá de 1 a 2 post e sempre no marcador Diary.

      beijoss!

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  2. Que texto lindo, quantos sentimentos raros! Escreva mais. ❤

    www.kailagarcia.com

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